“Missão” define as próximas ações da empresa
“Propósito” é a paixão que tira qualquer funcionário da cama com um sorriso no rosto e com vontade de mudar o mundo.
Dinheiro é a vida e o sangue de qualquer empresa, isso a gente sabe.
O que pouca gente parece se perguntar, por mais icônica que seja a pergunta, é:
“Qual é a alma do negócio?”
Se você nunca preencheu um plano de negócios, ou se nem sabe o que é isso:
Um plano de negócios é uma descrição detalhada da personalidade de um projeto.
“Personalidade”, por sua vez, é um conjunto de características que definem: as prioridades, a voz, e o jeito de agir de uma organização.
Um plano de negócios não pode deixar de perguntar coisas como a previsão de lucro para os próximos anos
Outro ponto que precisa ser abordado é qual será o público-alvo das campanhas de marketing
- Qual é o porquê da empresa existir?
- Além dos serviços que a empresa oferece, qual diferença positiva e empolgante esse negócio resulta para o consumidor e para as pessoas tocadas pela marca?
- Por que você faz o que faz?
- O que tira você da cama para se dedicar a essa ideia?
Essas perguntas ajudam a descrever e declarar a alma do negócio – o propósito.
Por que essas perguntas confundem tanto?
Especialmente quando estamos acostumados a fazer tudo do mesmo jeito de sempre
Pelo menos até as condições do mercado nos obrigarem a agir diferente
Assimilar a importância de questionamentos específicos feito esses soa mais raso e desnecessário do que urgente.
Sem falar que cada companhia parece ter um jeito próprio de declarar seus “porquês”
Algumas têm só uma visão; outras só uma missão; e algumas só um propósito.
Assim fica difícil ter referências sólidas, que direcionam empreendedores a responderem as perguntas certas para obterem os resultados desejados.
Se você nunca preencheu um plano de negócios e precisa de ajuda na tarefa de entender ou comunicar a personalidade e o posicionamento do seu negócio, dá um oi pra WHB.
A gente ajuda pessoas como você – e negócios de qualquer tamanho – a olhar a empresa e o mercado de cima para virar o jogo! 🦒
“Missão” x “Propósito”
A diferença entre missão e propósito é que:
- Missões orientam as prioridades técnicas de uma empresa durante um intervalo de tempo sendo substituídas por novos modelos de ação a depender dos ciclos burocráticos e/ou orçamentários.
- Já o propósito é uma chamada de ação para engajar outros seres humanos na causa da empresa através de uma mensagem passional e atemporal – que toca corações e atravessa diferentes ciclos de administração e/ou as condições do mercado.
Para ficar mais claro, abaixo tem um exemplo de missão e de propósito de uma mesma empresa – a Sony. Comecemos pelo propósito:
- Nosso propósito é elevar a cultura japonesa ao status internacional e ser pioneira fazendo algo original, impossível, e assim inspirar indivíduos a serem criativos e desenvolverem suas próprias soluções e habilidades através da nossa tecnologia.
Já a missão da Sony neste ano é:
- A missão da Sony sempre foi inspirar e satisfazer a necessidade de seus consumidores apaixonados por tecnologia, e nesta nova fase (em 2021) a Sony está empoderando a diversidade de negócios e criadores independentes para que essas empreitadas façam “o que os outros não fazem” na área de desenvolvimento empresarial, robótica e inteligência artificial. Estamos apoiando formas inéditas (inovadoras) de experimentar shows pela internet, de captar e reproduzir o som mais fiel possível em produções audiovisuais, e popularizar artistas que utilizam dessas tecnologias para compartilhar paixões e experiências com milhões de usuários por vez – sem comprometimento de qualidade.
Ou seja, o propósito da Sony é amplo e atemporal: um desejo que vai direcionar as ações da empresa por anos no futuro, já somados aos anos do passado em que a Sony buscou exatamente isso – elevar a cultura japonesa ao status internacional de uma empresa pioneira e empoderadora.
Afinal, são as câmeras e dispositivos de gravação de áudio da Sony que permeiam Hollywood nas produções dos filmes e dos álbuns que você mais adora no Netflix ou Spotify, por exemplo.
Já a missão da Sony para 2022?
Fazer mais pessoas criarem usando as ferramentas da empresa, e promover desafios online para criadores independentes também consumirem, produzirem e compartilharem conteúdos criados sob a tecnologia da marca.
Dados como quantas vendas a Sony precisa fazer no período, ou o quanto de lucro ela espera tirar dessa missão, ou a porcentagem de conversão de criadores usando outras plataformas que passarão a utilizar as plataformas da Sony, são informações a serem explicitadas no plano de negócios da empresa para 2022.
Responder essas perguntas ilustra como cada etapa no processo de definir a personalidade de um negócio é intrínseca para saber quais ações e para quais pessoas esse negócio precisa investir recursos – ou descolar recursos de investidores, vindos de fora da companhia.
Dessa forma a Sony busca atender a própria missão antes que chegue o réveillon: a de popularizar a criatividade sem comprometer a qualidade, através das vendas de produtos tecnológicos de ponta que registrem som e imagem com a menor perda de qualidade possível.
Anatomia da “missão”
Uma missão:
- Opera um negócio com estratégias;
- Direciona recursos para realização de objetivos específicos e com prazos;
- Define os papéis de cada participante no processo de transformar em realidade a visão do que será alcançado através da completude da missão.
Qualquer empreendedor sabe que as prioridades e estratégias para alcançar metas precisam mudar conforme a exigência de inúmeras fontes: das condições do mercado à brand awareness (processo de tornar uma marca reconhecível entre potenciais consumidores).
Por isso, de anos em anos, um negócio precisa redefinir a missão vigente para atender as necessidades do novo período de atividades no calendário.
É normal vermos empresas usando a declaração de missão para descrever quais produtos ou serviços elas oferecem – e apesar de não ser errado, é uma prática que poderia ser melhor explorada para conquistar investimentos maiores ou a confiança de clientes em potencial.
Dessa forma, uma empresa pode responder de maneira eficiente às questões do momento, direcionar o dinheiro para os setores certos, e fazer a missão se tornar realidade até o fim do prazo.
Anatomia do “propósito”
Enquanto a missão opera um negócio, o propósito:
- É cultural;
- É atemporal;
- Compartilha um sonho;
- É mais passional que técnico;
- Conta a história de origem da organização;
- Forma comunidades, não só times;
- Nunca é alcançado porque é o “verdadeiro norte” – o que faz uma empresa ir além dos próprios limites a cada nova missão proposta.
O fato de que uma empresa jamais poderá “alcançar” um propósito deixa claro que a função dessa palavra na linguagem dos negócios tem mais a ver com impulsionamento do que com produção.
Propósito não é um indicador do comportamento técnico da organização para os próximos meses.
Propósito é uma razão existencial – um combustível moral para alcançar progressos definidos a partir de reflexões como:
- Por que a empresa começou?
- Por que está seguindo o caminho que está seguindo?
- O que a companhia quer “corrigir” no mundo que só ela pode fazer?
- Quais mudanças poderemos ver na sociedade por causa da empresa daqui a 100 anos?
A declaração de propósito esclarece quais são os valores da organização, como e por que ela se posiciona dessa forma, e como a empresa pratica esses princípios.
Não vai ser sempre que as declarações de missão, visão e valores vão incluir um propósito.
Só que sem propósito, o que sobra é uma descrição emperequetada “do que” a empresa faz – não o impacto que ela gostaria de causar.
Se você não acha que ter um propósito faz diferença, pergunte ao CEO das locadoras Blockbuster por quais motivos a empresa faliu (com uma dívida de 1 bilhão de dólares)…
Você sabia dessas diferenças entre propósito e missão?
Produção, resultados e metas são componentes de uma missão – que muda de tempos em tempos para manter um negócio vivo por meses (ou anos) correndo atrás de um tipo específico de sucesso.
Um propósito exige dedicação e paixão por todo o tempo de existência da organização – não apenas alguns meses ou anos direcionando esforços para um objetivo em particular.
Saber a diferença entre um processo e outro é o que traz vantagens para gerentes e diretores expressarem – e tornarem realidade – as visões de grandeza numa empreitada ou produto.
Ignorar essa diferenciação não é mortífero, mas pode atrasar significativamente os esforços de sair do status quo, lucrar e inovar.
Por isso já sabe, né? É só dar um oi pra gente se precisar ver o tabuleiro do jogo lááá de cima – estamos prontos para ajudar 🦒