Tem gente que acredita mesmo que a inspiração vem apenas do além. Na real, não é bem assim. Ela é consequência dos livros que você lê, dos filmes que você assiste, das pessoas que estão a sua volta, das histórias que você vive, da sua criatividade e de outros fatores que fazem parte do seu dia a dia e que, às vezes, você nem se dá conta, mas servem de inspiração e alimentam a sua criatividade.
Já parou para pensar se em cada job a galera da criação esperasse aquela ajudinha do alto? Não é bom pensar (kk). É por isso que quem que faz parte da criação de uma agência está sempre ligada em tudo! Cinema, música, livros, arte, tendências de mercado e, ainda, sempre de olho em agências que são referência no Brasil e no mundo. Aí está o lance. Ter referências que irão servir de inspiração.
Junto vem o planejamento e o primeiro start que, em muitos casos, pode ser no modo mais operacional. O Designer do Grupo UAU, Carlos Eduardo Agostini, explica que nem sempre é preciso inventar a roda.
Uma coisa é fazer uma campanha com uma sacada massa, com um brandstorming, onde várias pessoas contribuem com ideias. Sempre surge muita coisa legal. Mas no dia a dia a gente começa a construir, e aos poucos, surgem as ideias, muda, começa de novo, até porque você já tem repertório
Carlos Eduardo, Designer
O primeiro passo
A partir do briefing do atendimento, entra em cena a dupla de criação que geralmente é composta pelo redator e designer.
Pausa para um adendo: mas, afinal, o que faz esse time da criação? Cria, desenvolve todas as peças de uma campanha, marca, outdoors, posts em redes sociais e muito mais.
Voltando… É preciso ter uma visão holística do cliente, dos seus concorrentes e das tendências de mercado. “Vamos olhar o que já tem naquela área, o que os concorrentes estão fazendo, buscar referências. O ideal é que a dupla de criação trabalhe junto, pois, assim, as ideias fluem mais rápido”.
Processo criativo
Cada um tem o seu. Alguns preferem ter tudo minuciosamente detalhado na cabeça, o famoso mindset. Outros preferem trabalhar em etapas. Primeiro pensa na imagem, testa o fundo e, então, vai construindo o job. “Não tem um método certo. O que precisa ter, de fato, é criatividade”, considera Carlos.
Repertório
É como a sua playlist que pode ter os mais variados estilos de música. Para o criativo é assim também, já que na agência chegam clientes das mais diferentes áreas e, por isso, um repertório extenso é um diferencial. Alimentar a sua criatividade é outro ponto chave. “Imaginar e usar formar criativas de coisas que você já usa. Fazer atividades que estimulem a sua criatividade como desenhar, ler, ver filmes diferentes. Buscar o novo e não ficar preso sempre no mesmo”, explica o designer.
Olhar crítico
Fotógrafos, arquitetos, designer e artista plástico são algumas das profissões que servem como referência para quem trabalha com criatividade. “Existem plataformas onde você pode mostrar o seu trabalho e também visualizar o de outros profissionais. Usamos como referência, assim como as agências de todo o mundo. É preciso também aquele olhar minucioso. Estamos sempre de olho, pensando e criando ideias novas”.